20 TROCAS QUE VALEM A PENA
Eis
uma forma de começar o dia protegendo as artérias. A massa integral
presenteia o organismo com boas doses de fibras. Esse ingrediente serve
de alimento a bactérias aliadas que moram no intestino. Bem nutridas,
algumas delas fabricam mais propionato, uma substância que tem tudo a
ver com os níveis de gordura na circulação. “Ao chegar ao fígado, ela
diminui a produção de colesterol”, explica a gastroenterologista
Jacqueline Alvarez-Leite, da Universidade Federal de Minas Gerais. Com
isso, cai também a quantidade dessa partícula no sangue.
Esse
esquema garante a entrada do cálcio, tão caro aos ossos, sem um bando
de penetras gordurosos. A bebida desnatada tem o mesmo teor do mineral,
com a vantagem de ostentar menos ácidos graxos saturados. O excesso
desse tipo de gordura eleva os níveis de LDL, a fração ruim do
colesterol. “Isso porque reduz o número de receptores que captam LDL nas
células”, ensina a nutricionista Ana Maria Pita Lottenberg, do Hospital
das Clínicas de São Paulo. Se esse mecanismo não funciona direito, o
colesterol vaga no sangue, pronto para se depositar na parede das
artérias.
O
ganho dessa troca vem da combinação entre gorduras benéficas e
antioxidantes que povoam o óleo de oliva. Uma de suas vantagens é
fornecer doses generosas de ácidos graxos monoinsaturados. “Eles não
aumentam os níveis de LDL e ainda ajudam a erguer um pouco as taxas de
HDL, o colesterol bom”, afirma o cardiologista Raul Dias dos Santos, do
Instituto do Coração de São Paulo. “Além disso, os compostos fenólicos
do azeite evitam a oxidação do colesterol, fenômeno que propicia a
formação das placas”, completa Jorge Mancini, diretor da Faculdade de
Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo.
A
ideia pode não agradar aos fãs mais puristas das pizzarias, mas presta
um enorme serviço aos vasos sanguíneos. Deixar camadas e mais camadas de
queijo de lado de vez em quando significa podar gordura saturada do
cardápio. Como você viu, ela protagoniza o disparo do LDL, o tipo
perigoso do colesterol. Substituir a mussarela ou a quatro queijos pelas
redondas cobertas de vegetais é uma saída para degustar pizzas sem
receio. Opções não faltam — vale pizza de escarola, de rúcula, de
brócolis e até de abobrinha. E elas oferecem um bônus: pitadas de fibras
e antioxidantes.
Essa
troca é destinada àquele momento em que pinta a fome no meio do dia.
Solução fácil, mas nada saudável, seria recorrer aos salgadinhos ou
biscoitos recheados, petiscos que costumam contar com gordura trans em
sua receita. “Ela não só faz aumentar o LDL como ainda contribui para
derrubar o HDL”, alerta Ana Maria Lottenberg. Para escapar da
malfeitora, aposte nas castanhas e nas nozes — legítimos depósitos da
gordura monoinsaturada, que faz exatamente o trabalho oposto. “As
oleaginosas ainda são fontes de antioxidantes”, lembra Jorge Mancini.
A
aveia tem fama de ser um dos cereais mais nutritivos do planeta. Por
isso merece um espaço logo no café da manhã — seja na forma de flocos,
seja no mingau. Um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina
comprova, mais uma vez, sua capacidade de cortar a gordura que sobra no
sangue. “A aveia é rica em betaglucanas, fibras fermentadas no intestino
e capazes de regular a síntese de colesterol”, explica a autora, Alicia
de Francisco, que também é coordenadora para a América Latina da
Associação Americana de Químicos de Cereais. “Observamos que elas ainda
aumentam o HDL”.
Calma,
não pretendemos condenar ao ostracismo um lanche tão tradicional como o
bauru. O problema é que ele deixa a desejar se as taxas de colesterol
já rumam aos céus. Basta averiguar seus ingredientes: queijo prato e
presunto, redutos de gordura saturada e colesterol. Que tal substituí-lo
por um sanduba de peito de peru e queijo branco, que é mais esbelto do
que seu congênere? Experimente. Só é preciso ficar atento ao tamanho do
lanche. Ora, uma gigantesca baguete recheada pode fornecer mais calorias
e gorduras do que um bauru de porte modesto.
Convenhamos:
frutos do mar não são tão frequentes no prato do brasileiro. Mas vale
ficar atento durante aquela viagem à praia para não se abarrotar de
camarões. Eles encabeçam o ranking marinho de colesterol — são 152
miligramas da gordura em uma porção de 100 gramas. Ou seja, quase o
triplo do que é oferecido pela mesma quantidade de um peixe gordo como o
salmão. Esse pescado se sai melhor também por outro motivo: ele é
carregado de ômega-3. E uma nova pesquisa da Universidade Columbia, nos
Estados Unidos, revela: o ômega diminui a captação de LDL pela parede
das artérias, prevenindo as placas.
O
porco não é mais gordo que o boi nem o boi é mais gordo que o porco.
Tudo é uma questão de corte. Há peças bovinas com menos gordura
saturada, caso da alcatra e do filé mignon, e há aquelas parrudas, como a
picanha e o cupim. O mesmo raciocínio se aplica à carne suína: o lombo é
mais magro que o pernil. Mas saiba que há medidas para retalhar o
possível malefício de qualquer corte rechonchudo. “Limpe a peça antes de
cozinhá-la, retirando toda gordura aparente”, ensina Ana Maria. Até
porque, apesar de a gente não ver, altas doses do nutriente já estão
emaranhadas na carne.
Elas
mantêm uma rivalidade histórica e ainda suscitam debates entre os
experts. No duelo em prol de artérias saudáveis, porém, a manteiga leva
certa vantagem.
Os
doces costumam ser condenados por carregarem açúcar demais. Quando a
discussão envolve colesterol, porém, o açúcar pesa menos do que outro
ingrediente comum em quindins, brigadeiros e bolos: a gordura. A
manteiga, o creme de leite e outros ingredientes gordurosos que dão
consistência aos quitutes levam consigo ácidos graxos saturados, que
alavancam as taxas de LDL. Não à toa, os especialistas aconselham trocar
esse tipo de sobremesa por opções que, sem perder o sabor adocicado,
são desengorduradas. O melhor exemplo são as compotas de frutas. Só não
vale, é claro, abusar.
Essa
é para matar a sede e resguardar o peito. É na casca da uva que está um
parceiro do coração, o resveratrol. “Ele atua na redução do colesterol e
tem efeito antioxidante”, diz a bioquímica Tânia Toledo de Oliveira, da
Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais. Ao impedir que as
partículas de LDL se oxidem, a substância evita indiretamente que elas
grudem na parede do vaso. Ao contrário do que muita gente pensa, o
resveratrol não é exclusivo do vinho. O suco de uva natural e feito na
hora (com casca, por favor!) também o disponibiliza ao organismo.
Não
é campanha contra a receita da avó, mas as infusões à base de camomila e
afins perdem feio para o mate se o assunto é colesterol. Que o digam
cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina, que avaliaram as
propriedades dessa erva típica do sul do país. “Notamos uma queda de
8,5% nos níveis de LDL em voluntários com taxas normais e uma redução
extra de 13,5% em pessoas que tomavam remédios para abaixar o
colesterol”, conta o farmacêutico Edson Luiz da Silva, que liderou a
pesquisa. A proeza vem das saponinas, moléculas presentes no mate. “Elas
diminuem a absorção do colesterol no intestino, favorecendo sua
excreção pelas fezes”, explica.
Essa troca pode ser estendida à alface e ao repolho: prefira sempre o roxo. As hortaliças com essa cor abrigam um pigmento que aplaca o colesterol, a antocianina. “Experimentos feitos em animais no nosso laboratório mostraram que ela reduz consideravelmente a concentração da gordura no sangue”, conta a professora Tânia Toledo de Oliveira, da Universidade Federal de Viçosa. “A substância inibe uma enzima que participa da síntese de colesterol no fígado, além de aumentar sua eliminação do organismo.” Morangos e cerejas, saiba, também são reservas de antocianinas.
O macarrão é o mais inocente por aqui. Quem incentiva ou não a escalada do colesterol é o molho — sempre. O branco é bem gordo. Em 2 colheres de sopa encontramos 4,5 gramas de gordura. Como o preparo exige creme de leite e queijo, o prato fica cheio de ácidos graxos saturados. Uma bela macarronada ao sugo não guarda esse perigo. Nas mesmas 2 colheres de sopa, há somente 0,1 grama de gordura. “Apenas procure usar o molho de tomate feito em casa e evitar a manteiga no momento de refogá-lo”, orienta a nutricionista Ana Maria Lottenberg. E, se possível, opte pela massa integral.
O doce de cacau se notabilizou como um amigo do sistema circulatório. Mas não é todo chocolate que, de fato, prova sua amizade às nossas artérias. O tipo que merece respeito é o amargo. “Ele possui menos gorduras saturadas que o branco e a versão ao leite”, afirma a nutricionista Vanderlí Marchiori, colaboradora da Associação Paulista de Nutrição. “Sem falar que fornece catequinas, substâncias que ajudam a sequestrar o LDL e impedir sua oxidação”, diz. Mas fique atento ao rótulo: amargo de verdade tem mais de 60% de cacau em sua composição.
Está em suas mãos uma maneira de preservar os vasos sem deixar a comida ficar insossa: em vez de exagerar no sal, ingrediente que patrocina a hipertensão, use a imaginação e as ervas aromáticas, além de alho. “Ele tem compostos capazes de controlar o colesterol”, exemplifica Vanderlí. E ervas como o orégano e o alecrim merecem ser convidadas à cozinha por causa do seu poder de fogo contra a oxidação, um fenômeno que, você já sabe, não poupa o LDL, tornando-o ainda mais danoso para as artérias. Mas essa ação pode minguar quando os ingredientes são expostos a temperaturas elevadas. Procure acrescentá-los nos minutos finais do cozimento.
Muita gente pensa que basta despir uma coxa de frango assada no prato para se livrar de um boom de colesterol. Ledo engano. “Retirar a pele é, sim, fundamental, mas isso deve ser feito antes de levar a carne ao fogo”, esclarece a nutricionista Cláudia Marcílio, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo. “Quando submetidos ao calor, a gordura saturada e o colesterol da pele conseguem se dissolver e penetrar na carne”, justifica Ana Maria. Aí, será tarde…
A intenção não é jogar mais pedras sobre o parmesão, o provolone e até o minas, mas abrir espaço ao tofu, que é feito de soja. Ele é uma preciosidade porque concentra o que o grão tem de melhor: proteínas e isoflavonas. “A proteína da soja aumenta a atividade de receptores que colocam o LDL para dentro das células e inibe a principal enzima responsável pela produção de colesterol”, explica a nutricionista Nágila Damasceno, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. E as isoflavonas não só potencializam a queda do LDL como evitam sua oxidação.
Faz toda a diferença investir um tempo a mais para estourar o milho no fogão. “É uma forma de controlar a quantidade de gordura no preparo, porque no produto de micro-ondas ela já é fixa”, argumenta a doutora em ciência dos alimentos Maria Cristina Dias Paes, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em Sete Lagoas, no interior de Minas Gerais. A versão que ganha na praticidade perde pontos porque carrega ácidos graxos saturados e trans. “Na panela, dá para usar um óleo mais saudável, como o de canola”, diz Cristina. Daí, você aproveita as fibras do milho, deixando seu colesterol em paz.
De: Elaach Data: 07 de outubro de 2011
ACHO QUE HOJE É O DIA DEDICADO À SAÚDE.
Alimentos & Emoções
Banana- contra a ansiedade
Se
você anda mais ansiosa que o normal, aposte na banana para elevar os
níveis de serotonina. Quando os níveis desse neurotransmissor estão
baixos, falha a comunicação entre as células cerebrais. Aí você fica
irritada e especialmente ansiosa. A fruta combina doses importantes de
triptofano e vitamina B6. Juntas, as duas substâncias se tornam
poderosíssimas na produção da serotonina.
Quanto consumir: 2 unidades por dia.
Mel- pura alegria
Triste
sem motivo? De novo a causa pode ser a serotonina de menos. Nesse caso,
o mel funciona como um calmante natural, pois aumenta a eficiência
da serotonina no cérebro. Mas não é só aí que ele atua. Quando alcança o
intestino, ajuda a regenerar a microflora intestinal. Resultado: o
ambiente se torna mais propício para a produção de serotonina. Surpresa?
Pois é, cerca de 90% do neurotransmissor do bom humor é produzido no
intestino.
Quanto consumir: 1colher (sopa) / dia.
Abacate- amigo do sono
Dormir
é tão importante para viver bem quanto comer direito e fazer
exercícios. Tem noite que o sono não vem? Põe fé no abacate. Tudo bem,
ele tem gordura, mas é boa. E oferece vitaminas que ajudam você a se
entender melhor com o travesseiro. A vitamina B3 equilibra os hormônios
que regulam as substâncias químicas cerebrais responsáveis pelo sono. Já
o ácido fólico funciona como se fosse uma enzima, alimentando os
neurotransmissores que fazem você dormir bem.
Quanto consumir: ½ abacate pequeno, 3x /semana.
Salmão- levanta o astral
Mau
humor constante pode ser sinal de falta de ômega 3 no prato. O
representante oficial dessa gordura amiga é o salmão. Mas existem outros
peixes (atum, arenque e sardinha) que jogam seu astral lá para cima. O
ômega 3 melhora o ânimo porque aumenta os níveis de serotonina, dopamina
e noradrenalina - substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar.
Estudos também comprovam que este ácido graxo tira os radicais livres de
cena e assim protege o sistema nervoso central.
Quanto consumir: 1 porção, 3x / semana.
Lentilha- afasta o medo
Angústia
e medo podem estar relacionados ao desequilíbrio de cálcio e magnésio.
Essa dupla atua no balanceamento das sensações. Além de incluir
alimentos com cálcio (queijo e iogurte) e magnésio (acelga) na dieta,
consuma mais lentilha. Ela tem efeito ansiolítico, ou seja, tranqüiliza e
conforta. Isso porque é precursora da gaba, neurotransmissor que também
interfere nos sentimentos.
Quanto consumir: 3 conchas pequenas / semana.
Nozes- mantém você concentrada
São
muitos os nutrientes das nozes. Mas é a vitamina B1 a responsável por
essa fruta oleaginosa melhorar a concentração, pois a B1 imita a
acetilcolina, neurotransmissor envolvido em funções cerebrais
relacionadas à memória.
Quanto consumir: 2 nozes, 4x / semana.
Chá verde- espanta o estresse
Essa
erva, a Camellia sinensis, tem fitoquímicos (polifenóis e catequinas)
capazes de neutralizar as substâncias oxidantes presentes no organismo
que, em excesso, deixam você cansada e estressada e acabam
desorganizando o funcionamento do organismo. O estresse é capaz de
desencadear a síndrome metabólica, culpada por doenças como a obesidade e
a depressão. Beber chá verde, conforme alguns estudos, melhora a
digestão e deixa a mente lenta.
Quanto consumir: 4 a 6 xícaras (chá) / dia.
Brócolis- deixa a mente esperta
É
comum você demorar alguns segundos para lembrar o número do seu
telefone? Este alimento é rico em ácido fólico, acelera o processamento
de informação nas células do cérebro, conseqüentemente, melhorando a
memória. Porções extras desta verdura vão fazer você lembrar de tudo
rapidinho.
Quanto consumir: 1 pires / dia.
Óleo de linhaça- dribla o apetite voraz
O
óleo extraído da semente de linhaça e prensado a frio é uma fonte
vegetal riquíssima em gordura ômega 3, 6 e 9. Melhor: é um dos poucos
alimentos com ômega numa proporção próxima do ideal, o que é
imprescindível para que exerça suas funções benéficas. Uma delas é
regular os hormônios que ajudam a manter o sistema nervoso saudável. Com
isso, a ansiedade perde espaço e a cumpulsão à comida fica bem menor.
Quanto consumir: 1colher (sobremesa) / dia, antes das refeições principais.
Gérmen de trigo- acaba com a irritação
Assim
como as nozes, o gérmen de trigo tem vitamina B1 e inositol, que
reforçam a concentração. Mas por ter uma boa dose de vitamina B5, o
gérmen é especialmente indicado como calmante, já que melhora a
qualidade de impulsos nervosos, evitando nervosismo e irritabilidade.
Quanto consumir: 2 colheres (chá) / dia.
Tofu- espanta o desânimo
O
queijo de soja tem o dobro de proteínas do feijão e uma boa dose de
cálcio. Também é rico em magnésio (evita o enfraquecimento das enzimas
que participam de produção de energia) e ferro (combate a anemia).
Quando estes minerais estão em baixa no organismo, você se sente fraca e
sem ânimo. Mas é a colina, substância que protege a membrana das
células cerebrais, que dá ao tofu o poder de acabar com o cansaço
mental.
Quanto consumir: 1 fatia média / dia.
Dr. Luiz Carvalho - Nutrólogo e Nutricionista
Gabriela Zanatta Port - Nutricionista
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